quarta, 01 abril 2020 14:43

Saiba qual a influência do micro-ondas nos nossos alimentos

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Nesta época de isolamento uma das medidas que deverá adotar é evitar o desperdício alimentar.

Uma das melhores estratégias é guardar as sobras de uma refeição e reaquecer no micro-ondas para consumo no próprio dia ou até nos dias seguintes. No entanto muitas vezes questionamo-nos se, de facto, a utilização deste eletrodoméstico é segura ou se a radiação que produz é prejudicial aos alimentos.

Para responder a esta questão é importante percebermos a sua ação. O micro-ondas transforma eletricidade em ondas eletromagnéticas denominadas micro-ondas. Estas ondas estimulam as moléculas de água, gordura e açúcar dos alimentos criando uma vibração, que transforma energia em calor (da mesma forma como quando esfregamos as mãos uma na outra). Quanto ao efeito que o micro-ondas tem nos nutrientes dos alimentos é importante referir que todos os métodos de confeção que utilizam calor reduzem significativamente o valor nutritivo.

Como o micro-ondas envolve, normalmente, menos tempo de cozimento, o que significa menos exposição ao calor, é considerado o melhor método de reaquecimento para preservar os nutrientes. Ainda assim certas vitaminas são perdidas, mas em muito menor percentagem do que outros métodos de confeção. Outra vantagem que o micro-ondas apresenta é a temperatura que atinge. Normalmente, esta não ultrapassa os 100ºC, o que diminui o risco de formação de compostos nocivos em certos alimentos.

Mesmo com estas vantagens há certos alimentos que não deverão ser reaquecidos no micro-ondas, tais como:

  • Ovo cozido

Ao colocar um ovo cozido dentro do micro-ondas, as radiações poderão provocar um aquecimento excessivo no interior do ovo (como se fosse uma pequena panela de pressão) que poderá resultar numa explosão do próprio ovo.

  • Leite materno

Descongelar leite materno com o micro-ondas não é aconselhado pois, para além de aquecer o leite de forma desigual (o que pode criar pontos demasiado quentes para a boca do seu bebé), pode ainda destruir algumas proteínas que estimulam o sistema imunitário dos bebés.

  • Carne processada

Alimentos como bacon, salsichas, fiambres e enchidos contêm aditivos alimentares que prologam a sua vida útil, melhoram o seu sabor e a sua textura. Quando estes alimentos são colocados no micro-ondas, a radiação à qual ficam expostos contribui para a formação de produtos de oxidação do colesterol que têm sido associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

  • Água

Quando se coloca água no micro-ondas dentro de um copo de vidro ou de loiça durante muito tempo, este pode impedir a formação de bolhas que, normalmente, contribui para arrefecer a água. A água fica muito quente e quando de move o copo esse calor será libertado de forma abrupta podendo saltar água a ferver.

  • Carne

Não se deve descongelar carne no micro-ondas uma vez que o aquecimento será feito de forma desigual: as partes mais finas cozem enquanto a parte mais grossa continua congelada. Nos micro-ondas que não possuem rotação, isto pode levar ao aparecimento de bactérias.

Desta forma podemos afirmar que o micro-ondas é um eletrodoméstico seguro e eficaz, no entanto há certos cuidados que deve ter na hora de o utilizar: certifique-se da validade dos alimentos; evite o uso de , a menos que estejam rotulados como “seguro para micro-ondas”; utilize o tempo mais adequado ao alimento que vai reaquecer de forma a que eles fiquem totalmente quentes; sirva os alimentos de imediato após o seu reaquecimento; limpe e higienize o seu micro-ondas regularmente.

Artigo elaborado pela nutricionista Catarina Correia da Clínica Tejo Saúde parceira do Fitness Hut (Grupo VivaGym)

Ler 2452 vezes Modificado em sexta, 03 abril 2020 21:50