A distinção máxima entre as várias categorias, "Outstanding Award", foi atribuída a sete festivais em todo o mundo, sendo o Boom Festival o único português. Este prémio, atribuído por “A Greener Festival”, faz parte de uma iniciativa internacional que tem como objetivo premiar eventos exemplares para a indústria através das suas práticas de sustentabilidade.
A entrega dos prémios decorreu no dia 18 de janeiro na Eurosonic Noorderslag, na Holanda, e todos os candidatos passaram por uma avaliação rigorosa que inclui visita ao local e análise pós-evento das ações de sustentabilidade implementadas.
Na edição passada, todos os utensílios do Boom Festival utilizados na restauração eram biodegradáveis e 40% de todo o lixo produzido foi reciclado ou utilizado para produção de composto orgânico. A organização do festival português aumentou a capacidade de produção de energia solar e disponibilizou 378 casas de banho compostáveis aos visitantes assim como meios para separação de resíduos, sensibilizando para a redução do consumo de água e diminuição do uso de plástico. Desde dezembro de 2015 que o programa de reflorestação da Boomland, na Herdade da Granja, já permitiu plantar 720 novas árvores de espécies nativas.
Campanhas de sensibilização resultaram numa diminuição de 10% do uso de água e os 106 painéis solares que alimentaram o evento, juntamente com geradores com tecnologia que ajuda na redução do consumo, permitiram um consumo de menos 20% de energia no evento. Em 2018, a organização do festival disponibilizou ainda 213 autocarros desde Lisboa, Madrid, várias cidades de França e Suíça.
O Boom foi, ainda, a convite da UNEP – United Nations Environment Programme, organismo pertencente à ONU, membro da iniciativa “United Nations Music & Environment Stakeholder Initiative”. Ganhou também o European Festival Award 2010 – Green’n’Clean Festival e o Green Inspiration Award 2012.
Para além das dezenas de projetos com foco na sustentabilidade ambiental, em 2018 o Boom Festival reforçou o seu papel em questões sociais: foram criados projetos de ação social e ambiental na Beira Baixa, encetaram-se esforços para empregar pessoas da região, foram privilegiados os produtos nacionais, locais e, no caso da alimentação, houve um grande foco no biológico.